Wednesday, December 3, 2008

Postcards and Souvenirs - Idea

Hello Everyone,

I explain the idea of my project:

Ítalo Calvino says in his book “Invisibles Cities”, “of a city, not capitalize on its seven or seventy-seven wonders, but the response it gives to our questions”

So I think to write a poetic text that approachs the experience of self-knowledge from the knowledge of a city, or another body (To keep the analogy with persons, that justifies the use of the term sexy to a city) Its aims is to confront the experience of the “Soft cities the “travel” with the “Spetacle cities – the “tourist” (paper given by Daniela) and try to understand the meaning of Postcards and souvinirs in these contexts, not necessarily antagonistic.

I also propose an intervention in the city:

I would like in Berlin (it’s “flagship”), but on practical issues, could be in Weimar, since it is also a tourist city.

When visiting any city, people buy things, to communicate through them to other people (known) their experiences in this city (Postcards) or to say that thought them during the visit (souvenirs)

The objective would be playing with the meaning of these elements and make people think about the exchange and interaction that exists between them and the city: Tourists create a large postcard to the city and give it a souvenir - Tourists would be invited to express their experiences in the city. In exchange would take a copy of the text (a souvenir!)

The photos of this process and the outcome of the "postcard" illustrate the text in the magazine.

It would be nice if someone will join me in this project!

3 comments:

Daniela Brasil said...

oi carolina!

yesterday i talked to Eriphyil, and she is also doing something with postcards and souvenirs for her project work in the MFA programme, with is working this semester with the city of Leipzig. She bought lots of postcards that "sell a romantic Leipzig" and is inserting in the original images photos she made of a "decadent" city, which was the "feeling" she got from this city in her psrticular experience. I told her to contact you, I guess you can think together of a quick action in this sense.

In any case, since you are living in Dresden, I would suggest you to do perhaps somthing there. As you know the "glorious baroque city center" was almost totally reconstructed. The "Frauenkirche" or "the soul of Dresden" - as the campaign to raise money for the reconstruction called it- was just rebuilt in 2005. Its reconstruction and the whole process of "renovation of the public space" that is still taking place - brought together all the expensive shops and touristic-thematic cafes and souvenirs shops along, commodifing the area. Is is a big artificial scenary. Discussions on that theme are difficult, as we konw the city was bombed when the war was almost over, and the aim was really to destroy the cultural heritage they had. But in any case I guess it could be interesting to research how much do the tourists really know about this, and how do they fell about it.

>> let's keep talking... i like to see the outcome as a "poetical text". and about calvino, that is it. what we see is who we are. (there is a quote fro pessoa on that:

livro do desassossego
{451}

Na realidade, o fim do mundo, como o
príncipio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem.
Por isso se as imagino, as crio; se as crio, são; se são vejo-as como às outras.
Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Polos ambos,
onde estaria eu senão em mim mesmo, e o tipo e género das sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o
que vemos, senão o que somos.

Carolina Teixeira said...

OI Daniela,

Para agilizar a minha comunicação, penso que devo exercer agora uma “territorialização” lingüística. Que meus colegas me perdoem:

Obrigado pela poesia de Fernando Pessoa: Incrível!
É possível baixar o livro em pdf pelo “seite” do domínio público: http://www.dominiopublico.gov.br.

Vou seguir a sugestão de trabalhar em Dresden. É tão óbvio que não tinha pensado nisso. Sinto apenas receio de estabelecer juízo de valores com relação a esta grande reconstrução. Já houve muita discussão intelectual durante os últimos anos sobre isso e não acredito que seja relevante retomá-la, pois penso que este trabalho não lhe traria grandes contribuições, diante de tanto que se já se falou.

Da mesma forma, não gostaria que este trabalho trouxesse uma contribuição pessimista. Acho importante estabelecer críticas, e até muitas vezes usar o sarcasmo para acentuá-las, mas não penso em adotar posicionamentos antagônicos.
(Conversei com o Kevin e ele pensa em trabalhar no mesmo sentido que Eriphyil, só que em Paris: mostrando o lado nada glamoroso da cidade luz) Acho a idéia ótima, em se tratando de Europa, ou seja, onde “a decadência” é minoritária em relação ao “glamour” sob o qual muitas vezes se oculta. Neste contexto, talvez valha à pena chamar atenção para aquilo que não é evidente e que merece tanta atenção quanto o que é satisfatório. Mas tendo como referência o Rio, onde observar o contraste entre o sonho e o pesadelo já se tornou extremamente banal, penso o que esta abordagem não seria muito inovadora, além de tender para antagonismos (criticar ferozmente a indústria do turismo desconsiderando a sua importância para a economia da cidade - Dresden neste caso é um bom exemplo) além de ser pessimista. Para concluir, Dresden é uma cidade que ainda está se reerguendo, há muitos aspectos criticáveis, a começar pelas intervenções modernistas maciça. Penso que “bombardear” mais uma vez a cidade enfatizando suas deficiências em detrimento do seu único grande orgulho, o centro histórico, estaria a “chutar cachorro morto”. Neste sentido esta cidade não pode ser comparada à Leipzig ou à Paris, ou seja, penso que este tipo de crítica teria um efeito diferente do que quando feita para Leipzig ou à Paris. Entende?

Acho que o Centro histórico de Dresden tem um significado que vai além do aspecto patrimonial – é um símbolo de reestruturação social e cultural para aqueles que integraram a Alemanha oriental, ainda viva para muitos. Há muito sofrimento envolvido, que agora parece ter sido suplantado pela reconstrução da Frauenkirche. São questões muito profundas que escapam minha vivência e meu conhecimento, e por isso tenho medo de tocá-las. Tenho receio de ser leviana. Além do mais, Dresden não tem nada de sexy!

Mantendo a analogia, se alguém visita o Rio, por exemplo, estaria a visitar uma mulher jovem, aventureira, fogosa... Mas quando se visita Dresden, alguém estaria a visitar uma tia-avó recém-operada.

Bom, e só um brainstorm...
Neste momento penso apenas em escrever o texto e ilustrá-lo com imagens ainda indefinidas (vai depender de seu formato final).
Mandarei mais notícias.

Carolina Teixeira said...

Olá Daniela!
Refleti um pouco nos últimos dias, li e também escrevi – nada ainda em formato final - e pensei numa possibilidade de trabalho seguindo a linha da Eriphyil: Poderia manter o meu “texto poético” e ilustrá-lo com postais de Dresden repletos de outras imagens inseridas – mas não com o intuito exclusivo de criticar o “turismo alienante” ainda que esta crítica se estabeleça pela própria forma de como as imagens se apresentarão (cartões postais emblemáticos dissecados), e de apontar o “lado negro” da cidade – mas mantendo relação direta com o texto - ainda em construção, mas que, de forma global trata do auto-conhecimento através do conhecimento de um outro corpo (cidade!)
Acho que seria bom porque manteríamos uma mesma “base” (cartões postais e souvenires) e forma de trabalho, apesar de enfatizarmos aspectos distintos. O que acha?
Aguardo retorno.
BEIJOS